Uma Nota para Pais de Crianças Pequenas

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Founder & Teacher, desiringGod.org

O departamento que cresce mais rápido na igreja Batista Bethlehem é o berçário, e não há fim em vista para esse acontecimento. Minha esposa sabe de dez grávidas na BBC. Há algumas perguntas realmente difíceis que nós, pais de crianças pequenas, temos que encarar. O quão cedo na vida das nossas crianças devemos ajudá-las a fazer um compromisso decisivo com Jesus como Salvador e Senhor? Como podemos fazê-lo de forma que esse compromisso tenha sentido, de forma que elas o lembrem? E sobre o batismo e santa ceia?

Tudo o que fazemos desde o momento em que a criança nasce deveria ter como alvo conduzi-la à fé. Nossa ternura, nossos abraços, nossas risadas, nosso estabelecer dos limites, nossos olhares de reprovação, nossa bondade — tudo deve comunicar quem Deus é e que Ele é confiável. Nós devemos ter esperança que nossas crianças nunca serão incrédulas mas, ao contrário, crescerão confiando no Cristo de nossa família.

Até o momento isto aconteceu com um de nossos filhos. O que eu fiz quando senti que Karsten captou o suficiente do evangelho (um pouco antes de seu sétimo aniversário) foi levá-lo ao meu escritório uma noite e fazer uma oração com ele na qual ele expressava sua fé em Jesus. Nós levamos a Bíblia que ele ganhou no Natal, e ele escreveu nela estas palavras: "18 de setembro, 1978. Eu orei com meu pai e disse a Jesus que eu estou confiando Nele para o perdão de meus pecados. E que eu quero ser um cristão." Não tentamos dizer que aquele momento foi o começo de sua vida cristã. Não sabemos exatamente quando isso começou. Entretanto, aquele foi um compromisso decisivo feito com o Pai para marcar este importante evento de forma que ele possa recordá-lo.

A experiência de Benjamin foi diferente. Houve um tempo, mais ou menos um ano atrás, em que perguntei a Benjamin se ele queria orar e entregar seu coração para Jesus. Ele disse não. Aquilo realmente me levou a orar. Esta foi uma batalha diferente daquela com nosso filho número um. Recentemente percebi um maior entendimento, maior seriedade e abertura, então eu tentei novamente. Desta vez ele estava mais do que desejoso. Isto foi o que ele escreveu em sua nova Bíblia: "30 de Outubro, 1982, 20h25min. Eu orei com o papai e pedi a Jesus que viesse para meu coração e que fosse meu Salvador. Eu sei que sou um pecador, mas Deus me ama e enviou Jesus para morrer por mim. Eu quero que ele seja meu Senhor. Eu acredito que ele está agora em meu coração." Isto aconteceu dois meses após seu sétimo aniversário.

Crianças são diferentes umas das outras. Eu não sei como as coisas acontecerão com Abraham (ou Halleluja). Eu não considero meu trabalho terminado com Karsten ou Benjamin. Meu conselho é que vocês orem seriamente e diariamente pela fé de suas crianças. E quando eles entenderem o evangelho, pergunte a eles se querem orar com você seja para iniciar o processo de receber a Cristo ou para deixar claro e decisivo que eles já O receberam e agora estão confiando Nele. Escreva nas bíblias deles e se refira a isto como um evento significante.

Minha convicção é que uma vez que a criança tenha feito uma firme profissão de fé os pais devem garantir que ela entenda a ceia do Senhor e então ajude-a a participar. Com relação ao batismo minha própria opinião não está formada ainda. De um lado, parece bíblico que o batismo deveria seguir imediatamente à profissão de fé. De outro lado, é tão difícil para uma criança de 7 anos expressar no batismo sua real significância. Nossa prática atual é permitir que crianças entre 9 e 12 anos (com um ano a mais ou a menos!) possam ir para a classe de preparação para o batismo e a membresia da igreja. Eu irei orar e pensar mais sobre isso.

Mas acima de tudo, vamos orar e trabalhar como pais para trazer nossas crianças à fé e enchê-los da Palavra.

De um pai,

Pastor John