A questão é a Escritura!

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Founder & Teacher, desiringGod.org

Os Batistas, num grau maior do que qualquer outro grupo, têm fortalecido a declaração do Protestantismo evangélico contra o tradicionalismo. Eles têm feito isso pelo seu constante testemunho da supremacia das Escrituras como a única e suficiente norma para fé e prática na vida Cristã. (Robert Torbet, History of the Baptists, p. 483)

Meu objetivo, como pastor da Bethlehem, é alimentar o rebanho com a Palavra de Deus e fazer pressão para uma reforma bíblica sempre que for necessário. Eu amo a Bíblia porque eu amo a Deus. Eu tento segui-la porque eu quero seguir a Deus. Eu não me recordo de nenhuma experiência humana que seja um guia melhor do que as Escrituras.

Eu tenho-me posicionado a defender que a abstinência do álcool é sensata, louvável e um modo de vida biblicamente justificável, o qual eu adoto e insto a outros. (As razões são explicitadas no sermão de 4 de Outubro de Domingo à noite). Também me tenho posicionado a defender que é errado fazer da abstinência total uma condição prévia para ser membro da igreja. A razão é que a Escritura não faz dela uma condição prévia para pertencer à igreja.

Nós nos encontrámos para discutir este assunto na Quarta-feira, 14 de Outubro. Como esperado, houve fortes convicções expressas pela congregação em ambos os sentidos (para fazer da abstinência total uma condição prévia para a membresia e para não o fazer). Eu tentei ser principalmente um ouvinte e clarificador de posições. Eu procurei ouvir argumentos bíblicos sólidos sobre o fato de que o ato de beber ocasionalmente poderia excluir uma pessoa da aliança com o corpo local de Cristo.

Se minha memória estiver correta, não houve nenhum. Passamos a maior parte do tempo descrevendo os males do abuso de álcool e como não devemos encorajar ninguém a beber. Enfaticamente, afirmei tudo isso em meu sermão de Domingo à noite.

Portanto, como não houve sustentação bíblica que justifique a exclusão do corpo de Cristo de pessoas que venham a beber ocasionalmente, a minha posição ainda se mantém: o Novo Testamento não exclui essas pessoas e nós contestamos a suficiente autoridade da Escritura quando ousamos dizer: "Não é a Palavra de Deus mas nós negamos-lhes um lugar neste corpo de crentes."

Três meses de discussão permanecem. Se existe firme suporte bíblico para excluir pessoas do corpo de Cristo cuja consciência diante de Deus tolera o ato de beber ocasionalmente, que este se faça ouvir! Nós vamos seguir a Palavra de Deus!

Em submissão à Palavra,

Pastor John